País sede: Alemanha
Participantes
Alemanha, Argentina, Brasil, Equador, México, Paraguai, Estados Unidos, Trinidad e Tobago, Portugal, Espanha, Inglaterra, França, Suíça, Suécia, República Tcheca, Itália, Costa Rica, Ucrânia, Sérvia e Montenegro, Holanda, Polônia, Togo, Gana, Angola, Japão, Costa do Marfim, Tunísia, Irã, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Austrália e Croácia.
História
Pela segunda vez a Alemanha foi sede de uma Copa do Mundo. A primeira foi em 1974 ainda como Alemanha Ocidental.
A Alemanha investiu pesado para sediar sua segunda Copa do Mundo. A organização gastou cerca de 5 bilhões de dólares apenas na construção e reforma dos estádios.
Pela primeira vez na história, o campeão da Copa anterior teve que disputar as eliminatórias para ganhar o direito de disputar o próximo torneio. No caso, o Brasil campeão da Copa de 2002, participou das eliminatórias sul-americanas.
A decisão de confiar à Alemanha a organização do torneio foi controversa, já que se esperava que o campeonato ocorresse na África do Sul.
Os outros países candidatos à organização eram Inglaterra, Marrocos e Brasil. Desde que a escolha foi feita, o órgão que controla mundialmente o esporte, a FIFA, afirmou publicamente sua intenção de alternar o país sede entre suas confederações integrantes.
Pela primeira vez na história da Copa do Mundo três países lusófonos estiveram presentes (Portugal, Angola e Brasil). Também foi a primeira vez que a Concacaf teve quatro representantes (EUA, México, Costa Rica e Trinidad e Tobago), o mesmo número de América do Sul e Ásia.
A principal favorita ao título foi a seleção brasileira. As seleções da Argentina, Inglaterra e Itália também eram favoritas. A seleção alemã, apesar de ter sido vice campeã no Mundial anterior, e ainda jogando em casa, não era a favorita ao título.
A seleção Suíça foi eliminada nas oitavas de final pela Ucrânia nos pênaltis. Detalhe: os suíços fizeram três jogos na primeira fase mais o jogo das oitavas de final e não sofreram nenhum gol.
A grande sensação dessa Copa foi a seleção de Portugal, que tinha como técnico o brasileiro Luiz Felipe Scolari, e chegou até a semifinal, onde perdeu para os anfitriões por 3 a 1, ficando com quarta colocação do torneio.
A Itália estreou na Copa vencendo a seleção de Gana por 2 a 0. No segundo jogo, os italianos empataram com a seleção dos Estados Unidos por 1 a 1 e no terceiro jogo, a seleção italiana venceu a República Tcheca por 2 a 0, classificando-se em primeiro lugar do grupo.
Nas oitavas de final, a seleção italiana passou pela Austrália pelo placar de 1 a 0. Nas quartas de final, a Itália venceu a Ucrânia por 3 a 0. Na semifinal, a seleção italiana ganhou da Alemanha por 2 a 0.
A França estreou na Copa com um empate diante da seleção Suíça por zero a zero. No segundo jogo, os franceses empataram com a Coréia do Sul por 1 a 1. Somente no terceiro jogo que a França conseguiu sua primeira vitória, vencendo a fraca seleção de Togo por 2 a 0, classificando-se em segundo lugar do grupo.
Nas oitavas de final, a França venceu a seleção espanhola por 3 a 1. Nas quartas de final, os franceses venceram o grande favorito ao título, o Brasil, por 1 a 0. Na semifinal, a seleção francesa venceu Portugal por 1 a 0.
A grande final colocou frente à frente duas seleções europeias, Itália e França, e foi realizada no estádio Olympiastadion, em Berlim, com um público de 69.000 pagantes e foi apitada pelo arbitro argentino Horácio Elisonda. A França abriu o placar logo aos 7 min com Zidane, em cobrança de pênalti. Aos 19min, Materazzi empatou para os italianos. O placar continuou até o final, em uma partida muito equilibrada, indo para a prorrogação.
Na prorrogação, a cena que mais chamou atenção da Copa, foi a expulsão do craque francês Zidane, após uma provocação do jogador italiano, Materazzi. Apesar da expulsão do astro francês, a prorrogação seguiu com empate em zero a zero. Com isso, a decisão foi para os pênaltis.
Na cobrança de pênaltis, os italianos levaram a melhor e converteram as cinco cobranças com Pirlo, Materazzi, De Rossi, Del Piero e Grosso, e os franceses converteram com Wiltordi, Abidal e Sagnol. Trezeguet perdeu o segundo pênalti. final nos pênaltis Itália 5 x 3 França.
Campeão: Itália
Vice Campeão: França
O que vimos nessa Copa foi um nível técnico baixo e com poucos gols. Foi a segunda pior média de gols da história: 2,3 por jogo. A Itália foi a campeã com todo mérito pela regularidade que teve dentro da competição.
O lance que mais chamou atenção nesse Mundial foi a cabeçada do francês Zidane no italiano Materazzi, na grande final, e acabou sendo expulso de campo, prejudicando a seleção de seu país.
"Zidane estava muito arrogante e o insultei. Eu agarrei o uniforme dele durante alguns segundos apenas, ele virou para mim e me ironizou, me olhou com uma tremenda arrogância e disse: Se você realmente quer minha camisa, te darei depois. Respondi com um insulto".
Marco Materazzi, sobre um dos lances mais marcantes da Copa
"Não insultei a mãe de Zidane", diz Materazzi
O Brasil na Copa
O Brasil era o principal favorito para ganhar essa Copa do Mundo. Após ganhar a Copa anterior e também a Copa das Confederações um ano antes, e com jogadores de nível técnico inquestionável, atuando nos principais clubes da Europa, como Ronaldinho Gaúcho (Barcelona-ESP), Kaká (Milan-ITA), Ronaldo Fenômeno (Real Madrid-ESP), Adriano (Inter de Milão-ITA), Roberto Carlos (Real Madrid-ESP) e Juninho Pernambucano (Lyon-FRA), não tinha como dizer que a seleção brasileira perderia essa Copa.
Com o chamado quadrado mágico formado por Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Adriano e Ronaldo Fenômeno, o Brasil formava um ataque de por medo no adversário, mas dentro de campo não foi o que aconteceu.
Na estreia, o Brasil ganhou com um placar apertado da Croácia por 1 a 0. No segundo jogo, a seleção brasileira venceu a Austrália por 2 a 0. No terceiro jogo, a seleção "Canarinho" venceu o Japão por 4 a 1, classificando-se em primeiro lugar do grupo. Nas oitavas de final, o Brasil jogou contra a seleção de Gana e ganhou por 3 a 0.
Nas quartas de final, mais uma vez o Brasil cruzou com a França. Apesar de favorito, o Brasil apresentou um futebol apático contra os franceses. Mais uma vez, o carrasco brasileiro da Copa de 1998, o francês Zidane deu um show e comandou a vitória de sua equipe por 1 a 0, quebrando uma série de 11 vitórias consecutivas da seleção brasileira em Copas. A última derrota da seleção brasileira havia sido na final da Copa de 1998, justamente para a França de Zinedine Zidane.
O grande motivo pela má campanha da seleção brasileira nessa Copa foi a falta de organização na preparação da equipe. Na preparação do time antes de começar a Copa, na Suíça, foi uma festa. Jogadores eram considerados Pop Stars, com torcedores invadindo os treinos, tirando toda a concentração dos atletas. Os dirigentes e comissão técnica foram omissos e não conseguiram manter a disciplina.
Colocação: 5º lugar
Estatísticas
Times: 32Jogos:64
Número de gols: 147
Média de gols: 2,3
Total de público: 3.359.439
Média de público: 42.491
Melhor ataque: Alemanha - 14 gols
Pior ataque: Trinidad e Tobago - Nenhum gol
Melhor defesa: Suíça: Nenhum gol sofrido
Pior defesa: Sérvia e Montenegro - 10 gols
Cartões amarelos: 307
Cartões vermelhos: 28
Mais indisciplinado: Portugal (20 amarelos e 2 vermelhos)
Mais disciplinado: Arábia Saudita (5 amarelos)
Artilheiro: Miroslav Klose (ALE) - 5 gols em 7 jogos
Melhor jogador: Zidane (FRA)
Curiosidades
Também, durante a Copa do Mundo, muitos dos estádios foram oficialmente conhecidos por nomes diferentes, já que a FIFA proíbe patrocínio no nome dos estádios. Por exemplo, o Allianz Arena foi conhecido durante a competição como "FIFA WM-Stadion München" (Estádio da Copa do Mundo da FIFA Munique), enquanto o Veltins-Arena foi revertido para seu nome original de "Arena AufSchalke".
Com o gol contra a Itália, Zidane tornou-se o quarto jogador a fazer três gols em decisões de Copa do Mundo. O francês havia feito dois gols na final da Copa de 1998 contra o Brasil.
O técnico Luiz Felipe Scolari, dirigindo Portugal, tornou-se o técnico com mais vitórias consecutivas em Copas, 11 no total. Anteriormente, conseguiu 7 vitórias dirigindo a seleção brasileira, na Copa de 2002.
O Brasil ganhou o tetra 24 anos depois do tri (1970 e 1994). A Itália conquistou sua quarta taça 24 anos depois da terceira (1982 e 2006). Nos dois casos, as duas seleções chegaram ao tetra na disputa de pênaltis.
Gamarra, da seleção paraguaia, marcou o gol contra mais rápido da história das Copas: 3 min do primeiro tempo na derrota para a Inglaterra por um a zero.
A Copa do Mundo de 2006 foi a edição com maior número de cartões vermelhos: 28 no total.
Seis dias antes da Copa foi proclamada a separação de Sérvia e Montenegro. O caos político refletiu-se em campo. A seleção dos "jogadores sem pátria" foi eliminada na primeira fase com três derrotas.
Na partida entre Croácia e Austrália, o árbitro Inglês Graham Poll só expulsou o zagueiro croata Simunic após o terceiro cartão amarelo. O erro custou caro: Poll não apitou mais no Mundial.
O sueco Marcus Allback marcou, diante da Inglaterra, o gol número 2000 da história das Copas.
A suíça foi eliminada sem sofrer um gol sequer (caiu nas oitavas nos pênaltis). Antes, entre 1934 e 1994, disputou 22 partidas e tomou gol em todas.
Lúcio ficou 386 minutos sem cometer faltas, batendo o recorde do paraguaio Gamarra (383 minutos em 98).
Sete das 64 partidas acabaram em zero a zero, novo recorde. Média de gols (2,3 por jogo) foi a segunda pior da história, só atrás da Copa de 90 (2,2).
No jogo Sérvia e Montenegro contra Costa do Marfim, a diferença de altura entre Nikola Zigic (2,03 m) e o marfinense Bakary Koné (1,63 m) era de 40 centímetros. O gigante fez gol, mas o time do baixinho ganhou.
Mascote: Goleo VI (Alemanha)
Depois do futurístico trio oriental de 2012, a Alemanha voltou às origens ao escolher uma mascote pra lá de tradicional. Assim como os ingleses fizeram em 1966, os alemães, 40 anos depois, elegeram um leão para representar seu país. A diferença é que a mascote alemã é um bicho de pelúcia, não um desenho animado. O nome Goleo vem da junção de “gol” com “leo”, latim para leão. Goleo era acompanhado por uma bola falante, apelidada de “Pille”, palavra coloquial para “bola de futebol” em alemão. O fato de o leão não usar calças desagradou à parcela conservadora da população alemã. Mas, apesar da polêmica, Goleo, desenvolvido pela Companhia Jin Henson, foi eleito a mascote preferida da história das Copas pelos usuários do site oficial da FIFA.
Coleção Copa do Mundo Fifa - Placar
www.guiadoscuriosos.com.br
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